EDUCAÇÃO CONTINUADA, INVESTIMENTO OU CUSTO PARA AS  ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS?

     A busca para essa resposta é uma questão antiga e aparentemente, tem sido difícil responde-la: uma matéria da APECATUS mostra que, de acordo com uma pesquisa a educação corporativa,vem representando de forma eficiente um INVESTIMENTO enorme para as as organizações no que tange a melhoria das habilidades dos servidores, avanço na carreira, retenção dos servidores públicos, construção de líderes e engajamento, 

     É estranho, mas ao invés de melhorar a entrega dos serviços prestados pela Administração Pública o que observamos é uma insatisfação da população no que diz respeito aos trabalhos disponibilizados pelos servidores públicos; “a conta não fecha”, estudos demonstram que é cada vez maior o número de reclamações em relação ao atendimento ao público.

     Marciano, mas até quando? Onde estamos errando? A doutrina majoritária dividi o planejamento e a execução das atividades de treinamento e desenvolvimento em 4 etapas, a saber:

1) diagnóstico;

2) desenho;

3) implementação; e

4) avaliação.

     Acredito que muito das problemáticas supracitadas  nas  entidades públicas se dão em função de um celere crescimento de suas estruturas e ao pífio  planejamento elaborado/aplicado nas instituições. Isto indubitavelmente contribui como um fator impeditivo da modernização do Estado e da melhoria da prestação de seus serviços.

     Todavia, acredito que a solução é mapear indivíduos que realmente desejam melhorar seu CAPITAL INTELECTUAL para a posteriori realizar investimento no capital humano do visando a implementação de uma política de valorização de pessoal para que os agentes públicos consigam atender às demandas da sociedade. Apenas, o treinamento não é suficiente para a promoção de benefícios como: aumento da produtividade e aprimoramento das relações interpessoais, algumas características subjetivas devem ser observadas, como por exemplo, empatia .

     Sim, quero falar sobre empatia, que é a capacidade que a maioria de nós - felizmente - temos de entender os sentimentos e pensamentos de outra pessoa como se estivéssemos no lugar dela. Pessoas empáticas amam os outros mais do que tudo. Valoriza as pessoas acima de status, status social, riqueza, raça ou crenças. Eles desenvolvem um amor e interesse genuíno pelos outros e estão dispostos a ajudar os outros, seja com eles ou trabalhando em grandes projetos para eles, ou apenas ouvindo e tentando entender sua dor.

     Depois de passarmos pela maior pandemia da nossa geração, os gestores públicos deveriam ter aprendido a  agir com mais solidariedade do que por desejo de honra pessoal, poder e ganho financeiro. Estou falando por mim: se eu souber que alguém que estou liderando está passando por um momento difícil, tentarei me colocar no lugar deles e ser mais útil do que o habitual. Claro, isso não significa apenas fazer o que a outra pessoa quer, mas um pouco de sensibilidade é sempre bom. Líderes empáticos se concentram tanto nas estatísticas da empresa quanto nas pessoas na linha de frente. Saber equilibrar essas duas áreas é fundamental.

      Em conclusão, é essencial que as organizações públicas compreendam a educação continuada como um investimento estratégico, não apenas um custo. Para melhorar a entrega de serviços e atender às demandas da sociedade, é necessário um planejamento adequado, valorização do capital humano e o desenvolvimento da empatia como uma habilidade fundamental para os líderes. Somente assim poderemos promover a modernização do Estado e aprimorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos.

Por Marciano da Silva Rego
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